A detenção ocorreu na sexta-feira, 22 de agosto, na localidade de Castelo Novo, concelho do Fundão, quando militares da GNR, em patrulhamento na área florestal, detetaram o suspeito a caçar num terreno adjacente a uma área ardida onde o incêndio ainda se encontrava em curso. Este fogo era uma das frentes do grande incêndio que deflagrou em Arganil e se estendeu a vários concelhos, incluindo o do Fundão, que viu mais de 10 mil hectares do seu território consumidos pelas chamas.

A ação do caçador é particularmente insólita e perigosa, não só pelo risco iminente para a sua própria vida, mas também pela potencial interferência nas operações de combate ao fogo.

A legislação portuguesa é clara, proibindo o exercício da caça numa faixa de 250 metros em redor de áreas percorridas por incêndios, tanto durante a ocorrência como nos 30 dias subsequentes, para proteger a fauna em fuga e evitar acidentes.

Ao ser detido, o homem foi constituído arguido e viu a sua arma de fogo e uma munição serem apreendidas.

O caso foi comunicado ao Tribunal Judicial do Fundão.

Este episódio bizarro destaca um profundo desrespeito pela lei e pela situação de emergência nacional, revelando uma conduta que desafia qualquer noção de prudência e responsabilidade cívica.