Durante uma missão de combate a incêndios em Pedrógão Grande, uma equipa helitransportada da GNR descobriu fortuitamente uma estufa de canábis, numa reviravolta bizarra que levou à detenção do proprietário do terreno. A descoberta insólita ilustra como uma emergência pode, inesperadamente, levar ao desmantelamento de outra atividade ilegal. A ocorrência deu-se no dia 24 de agosto, quando uma equipa da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR sobrevoava a região, deslocando-se entre focos de incêndio. Durante o voo, os militares identificaram uma plantação de canábis numa estufa localizada num terreno agrícola na localidade de Agria. A informação foi comunicada às equipas no terreno, nomeadamente ao Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Pombal, que se deslocou ao local. As diligências policiais confirmaram a existência de nove plantas de canábis, o que culminou na identificação e detenção do suspeito, um homem de 39 anos.
O detido foi constituído arguido e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Figueiró dos Vinhos.
O caráter bizarro deste caso reside na sua total casualidade, ocorrendo em meio a uma operação de alto risco numa área profundamente marcada pela tragédia dos incêndios de 2017.
A situação demonstra a eficácia da vigilância aérea, mesmo quando o seu propósito principal é outro, e serve como um exemplo caricato de como o combate a uma calamidade pode, por acaso, levar à descoberta de um crime completamente distinto.
Em resumoNuma reviravolta insólita, uma equipa da GNR em missão de combate a incêndios descobriu, a partir do helicóptero, uma plantação de canábis em Pedrógão Grande. A observação aérea permitiu localizar a estufa ilegal, levando à detenção do proprietário. Este caso fortuito evidencia como as operações de emergência podem, acidentalmente, revelar outras atividades criminosas.