O pai de um menino de três anos, inicialmente dado como uma das vítimas mortais, foi encontrado com vida e internado num dos hospitais de Lisboa. A descoberta, que ocorreu no meio do caos e da dor, representa um raro momento de alívio no contexto de um dos piores acidentes da história recente da capital. A história, que comoveu o país, começou quando as autoridades assumiram o óbito do cidadão alemão, pai de um menino de três anos que sobreviveu ao acidente.

A mãe da criança também ficou gravemente ferida e foi hospitalizada.

A reviravolta deu-se com a chegada a Lisboa de familiares vindos de Hamburgo para proceder à identificação do corpo no Instituto de Medicina Legal. Ao verificarem que o corpo não correspondia ao do seu familiar, decidiram, num ato de persistência, mostrar uma fotografia a um agente da polícia na rua.

Essa iniciativa foi crucial: o agente encaminhou-os para o Hospital de São José, onde se encontrava um ferido ainda por identificar.

Confirmou-se então que se tratava do homem que se pensava ter morrido.

Este episódio expõe as dificuldades inerentes à identificação de vítimas em desastres de grande escala, especialmente com múltiplos cidadãos estrangeiros envolvidos, e sublinha a importância da persistência familiar e da colaboração com as autoridades. A notícia, descrita por vários meios como um pequeno milagre, alterou drasticamente a narrativa em torno da família, transformando uma história de orfandade iminente num testemunho de sobrevivência e reencontro familiar, ainda que em circunstâncias de grande sofrimento, com ambos os pais a recuperarem de ferimentos graves.