A droga, totalizando mais de duas toneladas, era camuflada em peles de bovino importadas por empresas portuguesas, um esquema que as autoridades consideraram "inovador".
A investigação, conduzida pela Polícia Judiciária (PJ) e pela Guardia Civil espanhola, com a colaboração da agência norte-americana DEA e da Europol, culminou na detenção de 19 pessoas em Portugal e Espanha.
Um dos detidos em território nacional foi o capitão Ricardo Portal, ex-comandante do Destacamento Territorial de Fafe da GNR, cuja implicação chocou a opinião pública. A droga entrava em Portugal através do Porto de Leixões, escondida em contentores de mercadorias que transportavam as peles.
Posteriormente, era distribuída por via terrestre para Espanha, utilizando viaturas com "sofisticados sistemas de ocultação".
A organização criminosa, de caráter transnacional, possuía uma vasta estrutura logística, incluindo múltiplos imóveis na província de Pontevedra que serviam como "casas de recuo" para armazenar os estupefacientes antes da sua distribuição final. As autoridades destacaram a "vasta experiência criminosa" dos suspeitos, que operavam de forma sistemática há vários anos, adotando medidas de segurança ativas para evitar a deteção. A operação resultou na apreensão de 2.323 quilogramas de cocaína, 150 mil euros, veículos de gama alta, armas de fogo e equipamento de contra vigilância.
O sucesso desta ação policial foi atribuído à cooperação internacional, enquadrada no Projeto GDIN (Global Drug Intelligence Network), financiado pela Comissão Europeia.














