O caso, que se tornou viral, gerou forte alarme social e uma rápida resposta das autoridades.

A investigação, conduzida pela Diretoria do Norte da PJ sob a alçada do DIAP de Santa Maria da Feira, culminou na detenção do suspeito, que já possuía antecedentes por crimes contra o património.

No vídeo, o homem oferecia “500 euros por cada cabeça de brasileiro”. A divulgação das imagens provocou uma “crescente onda de indignação e repulsa”, levando a múltiplas denúncias por parte de cidadãos.

A PJ esclareceu que o suspeito já se encontrava sob investigação antes mesmo da receção das denúncias, as quais apenas “corroboraram a gravidade da sua conduta”.

Após a detenção, o homem foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicadas como medidas de coação apresentações bissemanais às autoridades, a proibição de publicar conteúdos nas redes sociais e a sujeição a uma avaliação psicológica.

Em declarações posteriores, o indivíduo admitiu ter ido “longe de mais”, justificando o seu ato com um sentimento de “raiva” por lhe terem alegadamente roubado o telemóvel.

O caso teve também repercussões profissionais, com a padaria onde trabalhava a anunciar publicamente o seu afastamento, afirmando que tal conduta “não reflete os valores da empresa”.

O episódio destaca a rápida disseminação de discursos de ódio no espaço digital e as suas graves consequências no mundo real.