Estas empresas, embora legalmente constituídas, serviam apenas como instrumento para a abertura de contas bancárias, tanto em nome das identidades falsas como das próprias sociedades.

O objetivo final era claro: criar um circuito financeiro aparentemente legítimo para “fazer circular fundos de proveniência ilícita, com origem em burlas ou crimes informáticos”. A escala da operação é notável, com um montante branqueado estimado em cerca de cinco milhões de euros, demonstrando a capacidade do grupo para manipular o sistema financeiro e fiscal. Após serem presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, foi-lhes aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, indiciando a gravidade dos crimes e o risco de continuação da atividade criminosa.