Os factos, que terão ocorrido desde 2015 com maior incidência em 2024 e 2025, foram praticados sobre várias crianças com idades entre um e três anos que estavam sob a sua responsabilidade.

A investigação, a cargo da secção da Ribeira Grande do Departamento de Investigação Criminal dos Açores, foi despoletada após a própria direção da Casa do Povo ter apresentado uma queixa-crime em maio de 2025.

As funcionárias receberam nota de culpa em julho e foram despedidas por justa causa no mês seguinte.

Um dos artigos menciona imagens chocantes, captadas por uma câmara oculta, que mostram “palmadas e empurrões, assim como as funcionárias a forçar crianças a engolir o próprio vómito e a empurrar comida com cabo dos talheres pela garganta dos meninos”.

O caso gerou uma forte reação na comunidade local, que promoveu uma petição com 2.661 assinaturas a exigir a suspensão imediata das funcionárias enquanto decorria a investigação.

A Segurança Social dos Açores também realizou uma inspeção à creche, cujo relatório foi enviado ao MP, culminando agora na acusação formal que levará as quatro arguidas a julgamento.