Em tribunal, o arguido negou todas as acusações, afirmando "Não ateei fogo nenhum".
O julgamento decorre no Tribunal da Feira, onde o jovem responde por um incêndio ocorrido a 14 de setembro de 2024 em Oliveira de Azeméis. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o arguido circulou de mota pela localidade de Ossela e, num curto espaço de tempo, ateou três focos de incêndio que progrediram até se tornarem um único fogo de grandes dimensões. A investigação refere que duas testemunhas afirmaram ter visto colunas de fumo a surgirem após a passagem do arguido.
O incêndio teve consequências devastadoras, destruindo áreas florestais, unidades fabris, terrenos agrícolas, habitações, viaturas e animais, com prejuízos calculados em 3.916.363,86 euros.
As chamas chegaram a ameaçar as autoestradas A29 e A1, que foram cortadas ao trânsito, e alastraram-se aos concelhos vizinhos de Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha. A acusação menciona ainda que, na sequência de reacendimentos, se registou a morte de um bombeiro e quatro civis feridos. Em sua defesa, o jovem, que se encontra em prisão domiciliária, admitiu ter passado na zona de mota, mas negou a autoria dos fogos. Afirmou que só teve conhecimento do incêndio à noite, apesar de o primeiro foco ter deflagrado junto à sua casa.














