A operação, desencadeada na madrugada de 24 de setembro, revelou um cenário bizarro e alarmante na costa algarvia. A Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) da GNR detetou uma embarcação suspeita e veículos a dirigirem-se para o areal, indiciando "actividade ilícita".

A intervenção culminou na detenção de sete homens, com idades entre os 19 e os 48 anos, e na apreensão de um arsenal militar impressionante. Foram encontradas quatro armas de fogo de calibre de guerra: uma espingarda automática AK-47, uma M4, uma CETME-L e uma outra adaptada do modelo AR-15/M4, além de mais de 100 munições.

As autoridades acreditam que o grupo se preparava para receber um carregamento de droga, embora os suspeitos tenham negado a posse das armas.

Após serem presentes a tribunal, os sete detidos foram libertados, aguardando o desenrolar do processo.

A presença de armamento de guerra em posse de suspeitos de narcotráfico numa conhecida praia turística é um desenvolvimento insólito e preocupante, que sugere uma escalada significativa na capacidade e perigosidade das redes criminosas que operam em Portugal.

O caso levanta questões sobre a segurança nas zonas costeiras e a sofisticação dos grupos envolvidos no tráfico transnacional.