A morte de um homem no Bairro do Rosário, em Cascais, chocou a comunidade pela sua natureza trágica e insólita. O alerta foi dado de madrugada por funcionários da Cascais Ambiente, a empresa municipal de recolha de lixo, que encontraram a vítima de pé, com um dos braços preso no interior de um contentor de doação de roupa. Acredita-se que o homem, que enfrentava dificuldades económicas e residia na zona, estaria a tentar retirar algo do equipamento quando ficou encurralado pelo mecanismo de segurança.

Familiares e amigos da vítima, identificada como Bruno C., expressaram a sua revolta, sugerindo que este sofreu uma “morte agonizante”, tendo tentado libertar-se “durante horas, sem sucesso”.

A complexidade da situação exigiu uma intervenção drástica dos Bombeiros de Cascais, que tiveram de cortar a parte de trás do contentor para conseguir libertar o corpo. O cadáver foi posteriormente transportado para o gabinete médico-legal para autópsia, a fim de determinar a causa exata da morte.

O incidente gerou uma onda de consternação e debate, com alguns meios de comunicação a apelidarem o equipamento de “contentor assassino”.

Este caso levanta sérias questões sobre a segurança do design destes contentores, concebidos para evitar furtos, mas que, neste caso, se transformaram numa armadilha mortal.

A tragédia expõe, simultaneamente, a vulnerabilidade de indivíduos que, por necessidade, recorrem a estes meios para obter vestuário, destacando uma faceta sombria das dificuldades sociais.