O esquema insólito visava obter dinheiro para saldar dívidas relacionadas com o consumo de estupefacientes.

O caso, que mobilizou a Polícia Judiciária e a PSP, teve início a 24 de agosto, quando a família do homem denunciou o seu presumível sequestro.

Segundo a narrativa criada pelo suspeito, este teria sido levado com recurso a violência de Vieira de Leiria para a região da Figueira da Foz. Os supostos raptores exigiam um resgate de 69 mil euros para a sua libertação com vida.

A gravidade da situação levou as autoridades a iniciar imediatamente diligências de investigação.

Contudo, a investigação rapidamente revelou inconsistências na história.

A PJ, em articulação com a PSP, localizou a suposta vítima na cidade de Leiria, “livre e sem marcas de violência”, concluindo que não tinha sido alvo de qualquer crime. Confrontado com as evidências, o homem acabou por admitir que tudo não passava de uma simulação.

A motivação por detrás do plano era puramente financeira: o suspeito pretendia usar o dinheiro do resgate para pagar dívidas relacionadas com o consumo de drogas.

Face à descoberta, foi constituído arguido pelo crime de simulação de crime. O inquérito foi concluído e remetido ao Ministério Público no DIAP de Leiria.

Este episódio bizarro destaca o desespero a que o vício e as dívidas podem levar um indivíduo, mobilizando desnecessariamente recursos policiais significativos e causando alarme e sofrimento à sua própria família.