O caso, que já tinha motivado a sua expulsão do partido em 2024, ganhou nova dimensão com uma denúncia anónima que revelou factos semelhantes ocorridos em 2020. Artur Alves, que lecionava numa escola em Alenquer, já estava a ser investigado pelo Ministério Público pelo crime de abuso sexual de uma aluna de 15 anos, um caso que se tornou público após a divulgação de um vídeo e que levou à sua suspensão de funções e afastamento do Chega. Contudo, a recente detenção surge na sequência de uma nova denúncia, recebida pela PJ após a exposição mediática do caso anterior.

Esta nova queixa descreve factos idênticos ocorridos em 2020, envolvendo uma aluna que na altura tinha 14 anos.

De acordo com a PJ, o suspeito aproveitou-se da “posição de manifesta confiança e autoridade sobre a menor” para praticar “atos sexuais de relevo com a aluna, mediante contrapartidas”.

A investigação apurou ainda que o professor terá utilizado a jovem “em gravações pornográficas, que deteve e divulgou”. As diligências, que incluíram buscas e pesquisas informáticas, permitiram recolher prova pessoal e digital que sustenta as novas acusações.

O docente foi detido e será presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação, estando agora indiciado por abuso sexual de menor dependente, recurso à prostituição de menores e pornografia de menores. Este desenvolvimento agrava a situação judicial do ex-candidato, revelando um padrão de comportamento predatório em contexto escolar.