Um professor e antigo candidato do Chega à Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos foi detido por suspeitas de abuso sexual de uma aluna menor, um caso que ganha relevância por se tratar de uma reincidência e envolver a divulgação de imagens explícitas. A detenção, efetuada pela Polícia Judiciária, surge na sequência de uma denúncia anónima e expõe um padrão de conduta que já tinha levado à sua suspensão pelo Ministério da Educação. A investigação centra-se em Artur Alves, de 53 anos, docente numa escola em Alenquer, que já em março tinha sido acusado pelo Ministério Público de abuso sexual de uma menor. Na altura, o caso envolvia um vídeo, que circulou pela comunidade escolar, onde o professor apalpava a perna de uma aluna de 15 anos durante uma aula.
O despacho do MP descrevia a ação em detalhe: “Com a mão aberta contraiu a mão agarrando, apalpando e acariciando a parte interior, próxima da virilha, da coxa esquerda da aluna. Ao mesmo tempo que agarrava, apalpava e acariciava a coxa da aluna, o arguido trocou olhares com aquela”.
Após uma suspensão preventiva de 90 dias, o professor regressou à escola, tendo-lhe sido aplicada uma nova sanção de apenas 30 dias pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, uma medida que, segundo os artigos, “chocou a comunidade escolar e os pais”.
A nova detenção, ocorrida na sequência de uma denúncia anónima, relaciona-se com suspeitas ainda mais graves: o professor terá tido atos sexuais com outra aluna, na altura com 14 anos, e terá filmado e divulgado as imagens.
Atualmente, enfrenta acusações de abuso sexual de menor dependente ou em situação vulnerável, bem como de prostituição e pornografia de menores.
O partido Chega confirmou que o arguido foi expulso em outubro do ano anterior.
A reincidência e a aparente insuficiência das medidas disciplinares iniciais levantam sérias questões sobre os mecanismos de proteção de menores no sistema de ensino.
Em resumoA detenção de Artur Alves, professor e ex-candidato do Chega, por um novo caso de abuso sexual de uma menor, coloca em evidência falhas nos processos disciplinares do sistema de ensino. Apesar de já ter sido suspenso por um incidente anterior, a reincidência com contornos mais graves, incluindo a filmagem e divulgação de atos sexuais, levou à sua prisão preventiva e levanta sérias questões sobre a proteção de menores em ambiente escolar.