O despacho do MP descrevia a ação em detalhe: “Com a mão aberta contraiu a mão agarrando, apalpando e acariciando a parte interior, próxima da virilha, da coxa esquerda da aluna. Ao mesmo tempo que agarrava, apalpava e acariciava a coxa da aluna, o arguido trocou olhares com aquela”.

Após uma suspensão preventiva de 90 dias, o professor regressou à escola, tendo-lhe sido aplicada uma nova sanção de apenas 30 dias pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, uma medida que, segundo os artigos, “chocou a comunidade escolar e os pais”.

A nova detenção, ocorrida na sequência de uma denúncia anónima, relaciona-se com suspeitas ainda mais graves: o professor terá tido atos sexuais com outra aluna, na altura com 14 anos, e terá filmado e divulgado as imagens.

Atualmente, enfrenta acusações de abuso sexual de menor dependente ou em situação vulnerável, bem como de prostituição e pornografia de menores.

O partido Chega confirmou que o arguido foi expulso em outubro do ano anterior.

A reincidência e a aparente insuficiência das medidas disciplinares iniciais levantam sérias questões sobre os mecanismos de proteção de menores no sistema de ensino.