Uma proposta autárquica invulgar marcou a campanha em Viseu, onde o candidato do ADN à presidência da Câmara, Paulo Quintão, defendeu a reconversão de dois edifícios emblemáticos em grandes centros para a infância. A antiga fábrica da Sumol e o edifício do Hospital Psiquiátrico de Abraveses seriam transformados em polos com creches, jardins de infância e Atividades de Tempos Livres (ATL). A proposta de Paulo Quintão surge como uma solução criativa e de grande escala para um problema premente no concelho: a crescente procura por vagas em equipamentos para crianças, para a qual “não há capacidade de resposta”. O candidato do ADN identificou dois edifícios de grande dimensão que ficarão devolutos — a antiga fábrica da Sumol, já adquirida pela autarquia, e o hospital psiquiátrico, que será desativado — e propôs a sua transformação em “dois grandes polos” para a infância.
A lógica, segundo Quintão, é também estratégica, uma vez que os edifícios se situam “nas entradas da cidade com maior afluência”, o que permitiria aos pais residentes na periferia deixar os filhos sem terem de se deslocar ao centro.
A ambição do candidato vai mais longe, sugerindo que, caso a localização não seja ideal para todos, a própria Câmara deveria criar “uma rede de transportes, um bocadinho à semelhança do que acontece no Canadá e em vários países, só para recolher as crianças em horário conveniente”. A ideia de reconverter espaços industriais e hospitalares em megaestruturas para a infância destaca-se como uma das propostas mais bizarras e imaginativas da campanha autárquica, contrastando com as habituais promessas de construção de novos equipamentos de raiz.
Em resumoO candidato do ADN à Câmara de Viseu, Paulo Quintão, apresentou uma proposta singular para responder à falta de vagas em creches e ATL. O plano consiste em transformar a antiga fábrica da Sumol e o Hospital Psiquiátrico em dois grandes centros dedicados à infância, localizados em pontos estratégicos da cidade.