A sua reação contrasta com a gravidade dos factos, que levaram à detenção da mulher e à sua colocação em prisão preventiva.

O episódio de violência doméstica, ocorrido na noite de sábado, teve origem numa discussão sobre o desaparecimento de um telemóvel, num contexto de consumo excessivo de álcool por parte de ambos.

Foi o próprio homem, Rafael Sil, que contactou a PSP, temendo que a situação "tivesse piores consequências".

No entanto, em declarações posteriores a O MINHO, a vítima minimizou a agressão, expressando pesar pela detenção da companheira, Cristiana Queirós, de 31 anos.

"Eu agora quero apenas que as coisas fiquem por aqui e a Cristiana de volta para casa rapidamente, ela não merece estar em prisão preventiva", afirmou.

A sua perspetiva sobre o sucedido é desconcertante: "Para mim isto não foi sequer uma situação de violência doméstica, muito menos tentativa de homicídio".

A justificação para o ato violento, que o deixou com ferimentos na cabeça e nas costas, foi apresentada com uma normalidade alarmante. "Isto são coisas que acontecem e foi a primeira vez que sucedeu entre nós", sublinhou, acrescentando que a faca usada era "apenas uma faca pequena" de cozinha e que a sua companheira "nunca me quis matar".

A sua principal preocupação parece ser o impacto social do incidente, mostrando-se "abatido com tantos comentários nas redes sociais".

A dissonância entre a violência do ato e a reação da vítima torna o caso particularmente bizarro, ilustrando a complexidade das dinâmicas em relações abusivas.