Minutos após o alerta, a equipa médica percebeu que a viatura, que estava alocada ao Santa Maria mas era da responsabilidade do INEM, tinha sido trancada com a chave dentro. O problema agravou-se quando se descobriu que a chave de substituição estava em Loulé, no Algarve. A viatura em questão estava em Lisboa de empréstimo, para substituir outra que se encontrava em manutenção. O INEM, em declarações ao jornal Expresso, confirmou a situação e explicou que o serviço de logística tentou resolver o problema “de imediato”.

Foi ponderada a hipótese de partir o vidro, mas tal implicaria uma inoperacionalidade ainda maior.

A solução passou por esperar que a chave suplente chegasse de Loulé, o que fez com que a VMER só retomasse a sua operacionalidade cerca de três horas após o alerta inicial, às 21h20.

Esta falha insólita expôs uma vulnerabilidade logística no sistema de emergência médica durante uma das maiores tragédias recentes da cidade, levantando questões sobre a gestão e manutenção da frota de veículos de socorro.