O achado insólito despoletou uma investigação da Polícia Judiciária, que aguarda agora perícias para determinar se o caso tem relevância criminal ou histórica.

A descoberta foi feita por populares no dia 11 de outubro, por volta das 13h00, que alertaram a GNR.

O crânio encontrava-se numa vala de drenagem numa quinta propriedade do Estado, cujo edifício principal albergou o internamento do Serviço de Psiquiatria do Hospital do Espírito Santo de Évora. O local está desativado há mais de uma década e meia, embora tenha sido usado temporariamente durante a pandemia de COVID-19 como uma unidade de atendimento a utentes com suspeitas de infeção. Após o alerta, o crânio foi recolhido pelos bombeiros e transportado para os serviços de medicina legal do hospital de Évora. O caso foi entregue à Unidade Local de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (PJ). Uma fonte da PJ confirmou que se aguardam os resultados da perícia de antropologia à ossada para se perceber a sua origem e data. Esta análise será determinante para definir os próximos passos da investigação, nomeadamente para apurar se o achado tem interesse criminal, podendo estar relacionado com um crime não resolvido, ou se possui apenas interesse histórico, tratando-se, por exemplo, de uma ossada antiga sem ligação a um ilícito recente.

A natureza do local, um antigo hospital psiquiátrico, acrescenta uma camada de mistério ao caso, gerando especulação na comunidade local.