Nove meses depois, o sonho concretizou-se.
Equipado com "pantufinhas cinzentas e boné ao xadrez castanho", Manuel Gonçalves enfrentou o desafio com coragem e bom humor.
Apesar de uma queda recente ter afetado a sua fluidez de discurso, o centenário mostrou-se lúcido e curioso, questionando os guias sobre os detalhes da construção da ponte. Longe de sentir medo, afirmou ter sentido "admiração" pela grandiosidade da estrutura, que imaginava ser "mais pequena".
Num dos momentos mais marcantes, levantou-se da cadeira de rodas e, com o seu andarilho, percorreu cerca de 100 metros pelo seu próprio pé, posando para fotografias com um "sorriso rasgado".
Um dos guias no local, Hugo Rocha, destacou o feito, referindo que muitos visitantes mais jovens desistem por medo.
A travessia de Manuel Gonçalves tornou-se um símbolo inspirador de vitalidade, demonstrando que a idade não é um impedimento para a aventura e a concretização de sonhos.













