A mortandade, que afeta sobretudo carpas e pimpões, foi detetada em dois locais distintos, o que adensa o mistério sobre a sua origem.

A Associação de Beneficiários do Roxo (ABR) confirmou a ocorrência e iniciou a remoção dos peixes após ter sido alertada na passada terça-feira, embora uma residente local já tivesse notado a situação no sábado anterior.

Segundo o presidente da ABR, António Parreira, os peixes mortos surgiram "num regolfo junto à Mina da Juliana [Beja] e junto ao paredão da barragem [Aljustrel]".

Esta dispersão geográfica leva o responsável a considerar "prematuro avançar com uma potencial causa", mas sugere que a poluição é uma hipótese menos provável.

"Não fazemos a mínima ideia das causas", afirmou, sublinhando que a quantidade de peixes mortos, para já, "não tem grande expressão" face à vasta massa piscícola da albufeira. O Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) foram notificados e já recolheram amostras para análise, cabendo agora à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a investigação das causas. O incidente ocorre numa altura em que a albufeira se encontra com 35% da sua capacidade, um nível considerado bom para esta época do ano e que garante água para a rega no próximo ano.