A situação insólita do homem, libertado recentemente e considerado “muito perigoso”, ocorre sob vigilância policial para o proteger de possíveis ataques da população.

Brückner foi libertado a 17 de setembro, após cumprir uma pena de sete anos por um crime de violação cometido em Portugal em 2005. A justiça alemã impôs-lhe o uso de pulseira eletrónica e a obrigação de informar o seu paradeiro.

No entanto, a sua reintegração na sociedade tem sido conturbada.

Após ser escorraçado de um centro de reabilitação em Neumünster devido a protestos de habitantes locais, tentou, sem sucesso, contactar o procurador que o acusou no caso Maddie, em Brunswick. Subsequentemente, foi sendo expulso de vários alojamentos à medida que era reconhecido, o que o levou a viver nas ruas de Kiel, cidade onde exercem os seus advogados.

A sua situação precária é agravada pela hostilidade pública, motivando uma vigilância policial constante, não para o controlar, mas para garantir a sua segurança contra “possíveis ataques” da população, conforme noticiado pelo semanário alemão Der Spiegel.

Este desenvolvimento bizarro no caso de um dos desaparecimentos mais mediáticos do mundo realça as dificuldades de reintegração de suspeitos de crimes de grande notoriedade e a contínua atenção pública sobre o caso McCann.