O procedimento invulgar permitiu aos cirurgiões monitorizar em tempo real a eficácia da intervenção e a melhoria imediata das suas capacidades motoras.
Denise Bacon, que sofria de lentidão de movimentos e rigidez muscular que a impediam de tocar o seu instrumento, foi submetida a uma Estimulação Cerebral Profunda (DBS), um procedimento de quatro horas para implantar elétrodos no cérebro.
A cirurgia foi realizada com anestesia local, permitindo que a paciente permanecesse acordada.
A equipa médica, liderada pelo neurocirurgião Keyoumars Ashkan, sugeriu que Denise levasse o clarinete para a sala de operações para testar a sua capacidade de tocar assim que a estimulação fosse aplicada.
O resultado foi imediato.
“Lembro-me de que a minha mão direita passou a mover-se com muito mais facilidade após a aplicação da estimulação, o que, por sua vez, melhorou a minha capacidade de tocar clarinete”, relatou a paciente. O cirurgião confirmou o sucesso, afirmando: “Ficámos muito felizes ao ver uma melhora instantânea nos movimentos das mãos e, portanto, na sua capacidade de tocar”. Denise, que fazia parte de uma banda de concertos, tinha sido forçada a parar de tocar há cinco anos devido ao agravamento dos sintomas.
Agora, espera poder voltar a nadar, dançar e, claro, a tocar o seu clarinete.













