Um caso médico “quase inédito” surpreendeu uma equipa de 30 médicos na Califórnia, quando uma mulher de 41 anos, que se preparava para remover um quisto de 9 kg no ovário, descobriu que estava grávida. O feto desenvolveu-se fora do útero, perto do fígado, desafiando todas as probabilidades.\n\nSuze Lopez, enfermeira de profissão, procurava ter um segundo filho há 17 anos e estava habituada a ciclos menstruais irregulares, atribuindo o desconforto abdominal ao crescimento de um quisto no ovário. Um teste de gravidez de rotina antes da cirurgia deu positivo, mas a surpresa maior surgiu quando os exames revelaram que o seu útero estava vazio. O bebé, já em fase avançada de gestação, estava a desenvolver-se numa gravidez ectópica abdominal, uma condição extremamente rara e com uma taxa de mortalidade muito elevada.
O médico obstetra, John Ozimek, explicou que o bebé cresceu num pequeno espaço perto do fígado, empurrando o tumor para a frente, o que levou a paciente a pensar que era apenas o quisto a aumentar.
O especialista classificou o caso como “quase inédito”, referindo nunca ter ouvido falar de “uma gravidez tão avançada” nestas condições. O parto exigiu uma operação complexa que envolveu uma equipa multidisciplinar de 30 médicos e uma transfusão de 11 unidades de sangue devido a uma hemorragia grave. O bebé, que segundo uma especialista neonatal “desafiou todas as probabilidades”, sobreviveu e está bem, tal como a mãe.
A família descreve o nascimento como um “milagre”.
Em resumoApesar da extrema raridade e do elevado risco associado a uma gravidez ectópica abdominal avançada, tanto a mãe como o bebé sobreviveram graças à intervenção de uma vasta e preparada equipa médica. O caso, considerado um milagre pela família e pelos profissionais de saúde, destaca os limites que a vida pode superar em circunstâncias extraordinárias.