Um grupo criminoso com base em Vila Nova de Gaia foi desmantelado após criar um esquema de venda de droga através da aplicação Telegram, onde publicitava os produtos como se de uma "mercearia" se tratasse. As encomendas de cocaína, heroína, haxixe e canábis eram depois enviadas para todo o país através dos serviços postais dos CTT.\n\nA operação criminosa revela uma adaptação surpreendente dos métodos de tráfico à era digital, combinando a discrição de uma plataforma encriptada com a aparente normalidade do serviço postal nacional. O grupo, composto por dezasseis indivíduos que aguardam agora julgamento, utilizava o Telegram para criar um catálogo de produtos estupefacientes, acessível a uma vasta rede de clientes. Esta abordagem de “mercearia online” permitia-lhes operar com um alcance nacional, transcendendo as limitações geográficas do tráfico de rua tradicional.
A escolha dos CTT como meio de distribuição demonstra uma audácia notável, explorando a confiança e a logística de uma instituição pública para disseminar produtos ilícitos.
Este modelo de negócio criminoso evidencia os novos desafios que as forças de segurança enfrentam, numa era em que as fronteiras entre o mundo digital e o físico se esbatem.
A investigação, que culminará no julgamento dos suspeitos no início do próximo ano, expõe a necessidade de uma vigilância constante e adaptada às novas tecnologias para combater formas de criminalidade cada vez mais sofisticadas e dissimuladas.
Em resumoO caso, que levará dezasseis arguidos a julgamento, expõe um método de tráfico de droga moderno e audacioso, que utilizava o Telegram como montra e os CTT como serviço de entrega. Esta abordagem representa um novo desafio para as autoridades, que precisam de adaptar as suas estratégias de combate ao crime na era digital.