O animal foi retirado do local para um centro de reabilitação, onde acabou por falecer, levantando questões sobre a necessidade e a forma como a intervenção foi conduzida. A foca, descrita como jovem e aparentemente saudável, foi avistada durante semanas na marina, onde descansava e se alimentava, atraindo a curiosidade de locais e visitantes.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tinha inicialmente comunicado que o animal não apresentava sinais de debilidade e que, nestes casos, a intervenção humana nem sempre é necessária.

No entanto, o animal foi posteriormente resgatado e encaminhado para tratamento.

A sua morte, confirmada pouco depois, foi recebida com consternação.

Miguel Lacerda, presidente da associação Cascaisea, criticou duramente a atuação das entidades responsáveis, em particular o ICNF, que classificou como "inútil".

O ativista manifestou a sua tristeza e revolta, sugerindo que a retirada do animal do seu habitat poderá ter contribuído para o desfecho fatal.

"Estou triste, não só por tudo o que fiz para que este cenário não acontecesse tão cedo, mas porque sei que situações como estas vão continuar a acontecer enquanto tivermos entidades tão inúteis como o ICNF", afirmou Miguel Lacerda.

A controvérsia expõe o debate sobre a gestão da vida selvagem em zonas urbanas e a capacidade de resposta das instituições ambientais em situações delicadas que captam a atenção pública.