Apelidado de "médico da morte" pela acusação, os seus atos ocorreram entre 2008 e 2017 em duas clínicas em Besançon. O Tribunal de Assize de Doubs aplicou uma pena mínima de 22 anos de prisão efetiva. A acusação sustentou que Péchier, de 53 anos, agiu por despeito contra colegas médicos, com o objetivo de os desgastar psicologicamente.
Para tal, injetava potássio e outras substâncias nos pacientes para induzir paragens cardíacas, criando situações de emergência que ele próprio poderia depois tentar resolver, demonstrando a sua competência.
Embora não existissem provas diretas, os investigadores consideraram-no o "único elo comum" entre todos os casos de envenenamento.
Durante o julgamento, que durou três meses, Péchier declarou a sua inocência, afirmando: "Fiz um juramento em 1999 e sempre o respeitei, o Juramento de Hipócrates".
No entanto, o júri não acreditou na sua versão.
A defesa já anunciou a intenção de recorrer da sentença.
O veredicto provocou grande comoção entre os familiares do médico.
O caso de Frédéric Péchier junta-se a uma lista sinistra de profissionais de saúde que usaram os seus conhecimentos para fins maliciosos, chocando a opinião pública pela quebra total do princípio fundamental da medicina de não prejudicar.









