Numa entrevista à agência Lusa, Saha partilhou memórias do tempo em que ambos alinhavam em Old Trafford, sublinhando que percebeu de imediato que Ronaldo "era especial". O que o distinguia, segundo o francês, não era apenas o talento inato, mas principalmente a sua incansável ética de trabalho. "Reconheci, de imediato, que o Cristiano Ronaldo era especial, não só porque era o jogador mais talentoso, mas também porque era o que trabalhava mais arduamente fora do centro de treinos. Ele trabalhava em casa. Chegava cedo ao treino", recordou Saha. O antigo ponta de lança confessou mesmo ter tentado seguir a rotina de exercícios de alta intensidade que Ronaldo fazia após cada treino, mas admitiu ter ficado "'morto' ao fim de uma ou duas horas". Esta dedicação valeu-lhe a alcunha de "máquina" por parte do colega. "Ele fazia aquilo no fim de todos os treinos. Era uma 'máquina'. Ninguém se aguentava com aquela rotina", descreveu Saha, concluindo que essa "dedicação extraordinária" foi o verdadeiro segredo por detrás da sua ascensão a um dos melhores jogadores de todos os tempos.