A decisão de Roberto Martínez assinala uma nova fase na gestão do esforço do capitão de 40 anos. Quando o selecionador nacional chamou Gonçalo Ramos para o lugar de Ronaldo, com mais de meia hora de jogo pela frente e o resultado em 4-0, o momento não passou despercebido. Os dados estatísticos confirmam a raridade do evento: a última vez que o capitão português foi substituído tão cedo por opção técnica num jogo oficial foi a 15 de novembro de 2006, num encontro contra o Cazaquistão, quando tinha apenas 21 anos e era treinado por Luiz Felipe Scolari.

Este facto, ocorrido quase 20 anos depois, evidencia a extraordinária longevidade e condição física de Ronaldo, que raramente foi poupado ao longo da sua carreira.

A decisão de Martínez, no entanto, é vista como um sinal dos tempos e uma abordagem estratégica para preservar o jogador.

O próprio selecionador justificou a necessidade de gerir o plantel, afirmando que, com "dois jogos em 72 horas", era importante "gerir muito bem o onze inicial para depois podermos estar ao mesmo nível frente à Hungria".

Esta gestão ativa do tempo de jogo do capitão demonstra uma adaptação à sua idade e a importância de o manter na melhor condição possível para os desafios futuros.