Este facto evidencia uma nova abordagem na gestão do avançado por parte do selecionador Roberto Martínez. Com a vitória por 4-0 já assegurada e a menos de uma hora de jogo, Roberto Martínez optou por retirar Cristiano Ronaldo de campo, lançando Gonçalo Ramos para o seu lugar. A decisão de substituir o capitão tão cedo num jogo oficial, excluindo situações de lesão, foi um acontecimento raro. De acordo com os dados estatísticos apresentados, seria necessário recuar até um jogo contra o Cazaquistão em novembro de 2006, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, para encontrar uma substituição tão prematura por opção técnica.

Na altura, Ronaldo tinha apenas 21 anos. Este episódio, quase 20 anos depois, reflete uma mudança de paradigma na gestão do jogador de 40 anos. A decisão de Martínez pode ser interpretada como uma estratégia calculada para gerir o esforço físico do seu jogador mais experiente, especialmente tendo em conta o calendário apertado da qualificação e o jogo seguinte contra a Hungria, teoricamente mais exigente.

A atitude do selecionador demonstra confiança no resto do plantel e uma visão a longo prazo, priorizando a condição física de Ronaldo para os momentos decisivos, ao mesmo tempo que dá minutos e oportunidades a outros avançados como Gonçalo Ramos. Esta abordagem pragmática pode ser crucial para maximizar a contribuição do capitão ao longo de toda a campanha rumo ao Mundial 2026.