Após 225 jogos, o capitão viu pela primeira vez um cartão vermelho, um facto que sublinha o seu registo disciplinar até então exemplar.

Este acontecimento, por si só, tornou-se uma notícia de grande relevo.

Ao longo de mais de duas décadas a representar Portugal, desde a sua estreia em 2003, Ronaldo acumulou recordes de golos e internacionalizações, mas nunca tinha sido expulso.

Este registo disciplinar imaculado era um testemunho da sua disciplina e controlo emocional em campo, mesmo sob intensa pressão.

A expulsão em Dublin, por uma cotovelada num adversário, quebrou essa sequência de forma abrupta.

O cartão vermelho direto, mostrado após consulta do VAR, não só prejudicou a equipa no imediato, como manchou simbolicamente este percurso.

A singularidade do evento foi destacada em múltiplos artigos, que o classificaram como "inédito" e histórico.

Para a Federação Portuguesa de Futebol, este historial exemplar tornou-se um dos principais argumentos na sua defesa junto da FIFA para tentar evitar uma suspensão prolongada.

A FPF alega que um único deslize em 225 jogos demonstra um comportamento exemplar, que deve ser tido em conta na avaliação da sanção. Assim, o que foi um momento de frustração em campo transformou-se num ponto central da estratégia de defesa do jogador fora dele.