A exibição robusta da equipa no Estádio do Dragão gerou um debate sobre a sua performance sem a sua principal figura.
Perante a necessidade de vencer para carimbar o passaporte para as Américas, Portugal respondeu de forma categórica à derrota anterior frente à Irlanda. A ausência de Ronaldo, expulso nesse jogo, abriu espaço para outros protagonistas, com destaque para os hat-tricks dos médios João Neves e Bruno Fernandes, e para a titularidade de Gonçalo Ramos na frente de ataque. A goleada igualou a segunda maior da história da seleção, sendo que a maior (9-0 ao Luxemburgo) também foi alcançada na era de Roberto Martínez e sem a presença de Cristiano Ronaldo.
Este facto alimentou o debate público sobre a dependência da equipa em relação ao seu capitão.
No entanto, o selecionador desvalorizou essa narrativa na conferência de imprensa.
“Uma coisa é o debate popular e outra a competitividade no balneário”, afirmou Martínez, acrescentando que a seleção é “melhor com Cristiano, com Nuno Mendes ou Pedro Neto”, mas que o futebol exige encontrar soluções perante as ausências.
Bruno Fernandes corroborou esta visão, afirmando que Ronaldo “traz coisas que outros não trazem. E outros trazem coisas que ele não traz”, sublinhando que o rendimento depende do coletivo.
O próprio Ronaldo reagiu nas redes sociais ao apuramento, com a mensagem: “Vamos com tudo”.
A vitória não só garantiu a nona presença de Portugal num Mundial, a sétima consecutiva, como também demonstrou a profundidade e a capacidade ofensiva do plantel.














