A sua importância é sublinhada por figuras do futebol e visível nas ações de outros jogadores. A discussão sobre o estatuto de Cristiano Ronaldo no panteão do futebol mundial foi reacendida por declarações de personalidades influentes e por gestos simbólicos nos relvados, que, em conjunto, demonstram a sua relevância contínua. Guti, antigo médio do Real Madrid, ofereceu uma perspetiva focada no clube onde o português atingiu o auge, afirmando que, apesar do talento de jogadores como Kylian Mbappé, «Ninguém vai superar a importância de Cristiano Ronaldo» no clube espanhol. Para Guti, mesmo que o recorde de 59 golos de Ronaldo num ano civil seja quebrado, o impacto global e a importância histórica do avançado português para o Real Madrid permanecem inigualáveis, estabelecendo um padrão de excelência que define a era moderna do clube.

Esta visão é corroborada, num âmbito mais vasto, por Bino Maçães, selecionador nacional de sub-17.

Ao visitar a redação do Record, Maçães foi categórico ao afirmar que «Dificilmente alguém chegará ao nível do Ronaldo», posicionando o jogador não apenas como uma lenda de um clube, mas como um paradigma de performance e dedicação para as gerações futuras que ele próprio orienta. A sua declaração reflete a perceção de que o nível de Ronaldo constitui o pináculo do que um jovem jogador pode aspirar a atingir. A influência de Ronaldo não se limita, contudo, a opiniões ou a um ideal aspiracional. Manifesta-se de forma tangível no próprio jogo, como se observou no encontro da seleção feminina portuguesa contra o Brasil.

Após marcar o golo que selou a vitória brasileira, a avançada Bia Zaneratto «celebrou “à Ronaldo” no Municipal de Aveiro», um gesto que evidencia o alcance global e transgeracional do seu impacto cultural. A celebração icónica de Ronaldo tornou-se parte do léxico do futebol, adotada por jogadores de diferentes géneros e nacionalidades, solidificando o seu estatuto não apenas como atleta, mas como um ícone cultural do desporto.