A entrevista, coapresentada por Cláudio Ramos no programa 'Dois às 10', serviu de plataforma para Cristina Ferreira exercer a sua autoridade enquanto responsável máxima pelo entretenimento do canal.
Perante as acusações de Bruno de Carvalho sobre a produção e a validade do jogo, a diretora foi perentória ao justificar a expulsão como uma decisão de 'gestão feita ao segundo', sublinhando que a agressão a Afonso Leitão não deixou margem para outra interpretação das regras. A apresentadora não se coibiu de repreender diretamente o ex-concorrente, afirmando: 'Não gostei de ouvir determinadas coisas', numa alusão às declarações polémicas que este proferiu à saída da casa, onde insinuou que a sua partida estava contratualmente definida.
Ao confrontá-lo em direto, Cristina Ferreira procurou desmantelar a narrativa de vitimização e manipulação, reforçando a soberania das decisões da produção do 'Big Brother'. Este posicionamento duplo, como entrevistadora e diretora, demonstrou uma estratégia de controlo de danos, utilizando o tempo de antena para esclarecer a posição oficial da TVI e, simultaneamente, capitalizar o interesse mediático em torno da controvérsia. A sua intervenção visou não só responder às alegações de Bruno de Carvalho, mas também tranquilizar o público sobre a integridade do formato, num momento de elevado escrutínio.