O relatório da IGAS, citado nos artigos, revela uma falha crítica na cadeia de socorro. Os peritos concluíram que o início da paragem cardiorrespiratória da vítima ocorreu por volta das 15h45, mas as manobras de suporte básico de vida só foram iniciadas às 17h08, um atraso de quase uma hora e meia. A VMER, quando finalmente ativada, demorou apenas cinco minutos a chegar ao local, o que sugere que o problema não esteve no tempo de deslocação, mas sim na ativação dos meios adequados. A situação ocorreu num contexto de greve do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o que adensa as suspeitas sobre a relação entre a paralisação e a demora no socorro. No entanto, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, já veio a público afirmar que, na sua perspetiva, não existe um nexo de causalidade direto entre a greve e a morte do idoso. Esta posição contrasta com a preocupação gerada pelos factos apurados pela IGAS, que expõem uma vulnerabilidade no sistema de emergência médica. O caso realça a importância de uma resposta rápida e coordenada, especialmente em situações de risco de vida, e coloca em debate a gestão de recursos durante períodos de constrangimentos operacionais como greves.

Homem que morreu à espera de socorro em Bragança morava a 2km da VMER. Esteve quase uma hora e meia à espera