A vida de Horst Mahler foi marcada por uma trajetória de extremos ideológicos. Nascido em 1936, iniciou a sua carreira como advogado, defendendo figuras proeminentes da esquerda alemã. Em 1970, foi um dos fundadores da RAF, um grupo armado de extrema-esquerda responsável por vários atos de terrorismo. Após ser preso e condenado, distanciou-se do grupo durante o seu tempo na prisão. Após a sua libertação na década de 1980, a sua carreira tomou um rumo radicalmente oposto. Nos anos 90, abraçou posições nacionalistas e, posteriormente, abertamente neonazis e antissemitas. Juntou-se ao partido neonazi NPD, que acabou por abandonar por o considerar demasiado moderado. A sua vida posterior foi marcada por múltiplas condenações por incitação ao ódio racial e negação do Holocausto. Em 2017, chegou a fugir para a Hungria para evitar uma pena de prisão, onde pediu asilo político, mas foi extraditado para a Alemanha. O seu falecimento, em Berlim, encerra um capítulo de uma das mais polémicas figuras da história recente alemã.

Morreu Horst Mahler, neonazi e negacionista do Holocausto