A notícia destaca a extraordinária longevidade no Japão e a vida ativa dos seus centenários.
O falecimento de Miyoko Hiroyasu, aos 114 anos, marcou o fim de uma era, passando o título de pessoa mais idosa do Japão para a médica aposentada Shigeko Kagawa, também com 114 anos. Nascida em 1911, Miyoko Hiroyasu teve uma vida preenchida, tendo estudado arte em Tóquio, lecionado na província de Hiroshima e criado três filhos. Faleceu a 29 de julho numa casa de repouso na província de Oita, onde se mantinha ativa, dedicando os seus dias à leitura de jornais, ao desenho e a jogos de cartas.
A sua sucessora, Shigeko Kagawa, é outro símbolo da extraordinária longevidade japonesa.
Formada em medicina antes da Segunda Guerra Mundial, trabalhou num hospital em Osaka durante o conflito e, mais tarde, geriu a clínica da família como obstetra e ginecologista, aposentando-se apenas aos 86 anos.
A sua vitalidade foi demonstrada aos 109 anos, quando foi uma das portadoras da tocha para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021. A família atribui a sua saúde a uma rotina regular e a uma alimentação cuidada.
Estes exemplos de longevidade inserem-se num contexto demográfico notável: o Japão tem a maior proporção de idosos do mundo, com 29% da população com 65 anos ou mais, segundo dados de 2024. O país conta com mais de 95.000 centenários, e 10% da população já ultrapassou os 80 anos, refletindo um fenómeno social e de saúde pública de grande relevância global.