A sua liderança, entre 1992 e 1996, marcou um período de transformação e abertura numa instituição historicamente dominada por homens. Apelidada de "primeira-dama da espionagem", a sua nomeação foi um marco na história dos serviços de informação do Reino Unido. A sua figura transcendeu o mundo da espionagem, sendo amplamente considerada a principal inspiração para a personagem 'M' nos filmes de James Bond, interpretada por Judi Dench.
Esta associação cultural solidificou a sua imagem como um símbolo de autoridade e mudança, quebrando barreiras num dos ambientes mais fechados e secretos do mundo. A sua gestão foi pautada por um esforço de maior transparência, numa tentativa de modernizar a imagem do MI5 e adaptá-lo aos desafios do pós-Guerra Fria. O seu legado perdura como um exemplo de pioneirismo e quebra de estereótipos de género em posições de poder e alta segurança. A sua morte representa a perda de uma figura histórica que não só liderou uma das mais importantes agências de inteligência do mundo, mas também alterou a perceção pública sobre o papel das mulheres na segurança nacional.