Natural de Alte, Francisco Guerreiro começou a trabalhar como moleiro aos 15 anos, seguindo a profissão do pai.
Fixou-se em São Brás de Alportel aos 17 anos, onde trabalhou em vários moinhos, destacando-se na emblemática Azenha da Mesquita, adquirida pela sua família em 1958. Mesmo depois de se fixar em Faro, nunca se desligou da azenha, mantendo viva uma tradição quase esquecida e partilhando o seu vasto conhecimento com inúmeros visitantes, em especial com os alunos das escolas do concelho. Graças à sua colaboração, o Município de São Brás de Alportel conseguiu requalificar a Azenha da Mesquita, transformando-a num espaço de memória viva e num testemunho da arqueologia industrial local. Em março de 2025, a autarquia reconheceu o seu percurso com a atribuição de um Voto de Louvor.
O município expressou o seu profundo pesar, prestando-lhe uma sentida homenagem póstuma e sublinhando a gratidão por tudo o que fez pela preservação da memória coletiva e do património etnográfico local.