A sua liderança, entre 1992 e 1996, marcou uma era de abertura e modernização na espionagem britânica, sendo amplamente reconhecida como a inspiração para a personagem 'M' nos filmes de James Bond. A sua nomeação para o cargo de Diretora-Geral do MI5 em 1992 foi um marco histórico, quebrando barreiras num universo tradicionalmente dominado por homens e valendo-lhe a alcunha de “primeira-dama da espionagem”. Rimington liderou a agência durante um período de transição significativo, após o fim da Guerra Fria, e foi sob a sua direção que o MI5 começou a adotar uma postura de maior transparência. Foi ela a primeira diretora a ter o seu nome divulgado publicamente, um passo simbólico que assinalou uma nova fase na relação dos serviços de segurança com o público. A sua figura austera e a posição de poder que ocupava num mundo secreto e perigoso tornaram-na a principal inspiração para a reformulação da personagem 'M' na saga cinematográfica de James Bond, que passou a ser interpretada pela atriz Judi Dench a partir de 1995.
Esta associação cultural solidificou a sua imagem como um ícone da espionagem moderna.
A sua morte representa a perda de uma figura pioneira que não só modernizou uma das mais importantes agências de inteligência do mundo, mas também alterou a perceção pública sobre o papel das mulheres em posições de liderança na segurança nacional.