Estes números destacam os perigos inerentes à atividade, seja no combate a incêndios ou em acidentes de viação. A sinistralidade entre os bombeiros portugueses continua a ser uma preocupação central para a LBP, que monitoriza de perto os incidentes envolvendo os seus operacionais. O único óbito registado este ano ocorreu no primeiro dia de janeiro, num trágico despiste de um veículo de combate a incêndios em Odemira, que regressava de uma ocorrência.
O mesmo acidente provocou ainda ferimentos em outros quatro bombeiros.
A maioria dos 148 feridos registados sofreu lesões consideradas ligeiras, ocorridas tanto no combate direto às chamas como em acidentes rodoviários durante deslocações para emergências.
A LBP sublinha que este "nível de sinistralidade" é um "motivo sério de monitorização dos seguros, dos valores e abrangência em causa". A organização manifestou o seu descontentamento com a recente atualização dos seguros, considerando que esta não atingiu os patamares defendidos, especialmente no que diz respeito à proteção para bombeiros que sofrem queimaduras graves. Os dados reforçam a necessidade de melhores condições de segurança e proteção para os profissionais que arriscam a vida diariamente, num ano marcado por um aumento significativo da área ardida em comparação com o período homólogo de 2024.