A morte de um militar da GNR de 47 anos em Castelo de Vide gerou controvérsia e levantou sérias questões sobre a capacidade de resposta dos serviços de emergência médica no interior do país. A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Portalegre encontrava-se parada por falta de médico no momento em que o socorro foi solicitado. O cabo da GNR Nuno Joaquim Lourenço Dias foi encontrado inanimado pela sua mulher na garagem de casa na manhã de 13 de agosto. Apesar de ter sido socorrido pelos bombeiros, a assistência médica diferenciada da VMER não foi prestada, uma vez que a viatura estava inoperacional entre as 8h e as 16h por ausência de um médico na escala. O presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Alentejo confirmou a falha, admitindo que, nos últimos seis meses, a VMER esteve indisponível em 10% do tempo previsto devido a dificuldades em preencher as escalas.
O INEM justificou que, perante a indisponibilidade da VMER, o transporte rápido para o hospital era a opção clinicamente mais benéfica.
No entanto, o caso intensificou as críticas sobre as fragilidades do socorro médico no Alto Alentejo, onde a VMER de Portalegre já esteve parada por mais de 500 horas desde o início do ano, uma situação que, segundo os críticos, coloca em risco a vida da população.
Em resumoUm militar da GNR de 47 anos morreu em Castelo de Vide sem receber assistência da VMER de Portalegre, que estava inoperacional por falta de médico. O incidente expôs as graves falhas na cobertura de emergência médica no interior, onde a VMER já esteve parada centenas de horas em 2025.