Carlos Dâmaso, com idade reportada entre 40 e 43 anos, foi encontrado sem vida após ter sido apanhado pelas chamas enquanto tentava proteger a sua aldeia e propriedades familiares na zona de Pêra do Moço.
A sua morte foi lamentada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que apresentou condolências à família, e pela Comissão Europeia, que transmitiu o seu "profundo pesar".
O trágico acontecimento transformou Carlos Dâmaso num símbolo da coragem dos cidadãos anónimos que, muitas vezes com meios rudimentares, se colocam na linha da frente para defender as suas terras.
A sua morte intensificou o debate sobre a gestão florestal e a resposta aos incêndios, levando o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, a defender a urgência de um "pacto de regime" contra os fogos.
O autarca lamentou a repetição de tragédias ano após ano, afirmando que "os portugueses estão a morrer nos incêndios, é preciso agir e tomar decisões". A morte de Dâmaso, que se recandidatava ao cargo de presidente de junta, sublinha o profundo custo humano da devastação causada pelos incêndios rurais e a vulnerabilidade das comunidades do interior, reforçando os apelos por medidas políticas mais eficazes e um maior apoio aos que vivem e trabalham nestes territórios.













