O incidente, que deixou ainda 25 feridos, cinco dos quais em estado grave, motivou a decretação de luto municipal e uma investigação por parte da Polícia Judiciária.

O fogo deflagrou durante a madrugada de sábado, alegadamente num "colchão anti-escaras" elétrico, num quarto onde se encontravam três utentes, que acabaram por falecer. As outras três vítimas mortais sucumbiram devido à inalação de fumo, que se propagou por todo o edifício, apesar de as chamas terem ficado confinadas ao quarto de origem. A situação gerou uma complexa operação de socorro, com o comandante dos bombeiros de Mirandela, Luís Carlos Soares, a descrever o processo de busca e salvamento como "muito difícil", dada a necessidade de retirar 80 idosos, muitos com mobilidade extremamente reduzida. A tragédia levantou de imediato questões sobre as condições de segurança da instituição, com um dos artigos a citar um morador que relatou não ter ouvido "nenhum alarme de incêndio". O provedor da Santa Casa da Misericórdia, Adérito Gomes, afirmou que a instituição irá acompanhar a investigação para apurar as causas.

A Câmara Municipal de Mirandela decretou três dias de luto e instalou um centro de apoio psicológico para os familiares das vítimas, enquanto os restantes utentes foram realojados noutras valências da Misericórdia. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, contactou o provedor, manifestando "solidariedade e apoio neste momento de luto".