Nuno Joaquim Lourenço Dias, cabo da GNR com 24 anos de serviço, foi encontrado pela esposa na garagem da sua residência. Apesar de os bombeiros terem sido acionados, a ausência da equipa médica da VMER, que deveria prestar suporte avançado de vida, tornou-se um ponto crítico. A viatura, sediada no hospital de Portalegre, esteve parada durante várias horas nesse dia por não ter um médico para completar a tripulação, uma responsabilidade da unidade hospitalar. Este incidente não é isolado; a inoperacionalidade da VMER de Portalegre tem sido uma queixa recorrente, com um dos artigos a reportar que o serviço esteve parado por 482 horas só este ano.

A morte do militar intensificou o debate sobre a carência de recursos médicos no interior do país e a fragilidade do sistema de emergência pré-hospitalar em zonas mais remotas. A falta de uma resposta médica diferenciada num momento crítico levanta questões sobre se o desfecho poderia ter sido diferente, gerando um sentimento de abandono e insegurança entre a população e as forças de segurança que servem a região.