Carlos Dâmaso juntou-se a outros populares no combate às chamas para proteger a sua terra e os seus bens.

Segundo relatos, uma súbita mudança na direção do vento terá cercado o grupo, resultando na sua morte e deixando outro popular com ferimentos graves e queimaduras, que foi transportado em coma induzido para a Unidade de Queimados de Coimbra. O corpo de Carlos Dâmaso foi encontrado carbonizado.

A sua morte foi particularmente sentida na comunidade, não só pelo seu passado como autarca, mas também por ser novamente candidato à presidência da junta nas próximas eleições autárquicas, pelo Movimento Independente.

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, lamentou a perda de um "amigo" e a tragédia que se abateu sobre o concelho. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou condolências à família e inteirou-se do estado de saúde do ferido grave. A morte de Dâmaso intensificou o debate sobre a gestão dos incêndios e a falta de meios, com autarcas da região a expressarem frustração e a pedirem um "pacto de regime" para lidar com o flagelo dos fogos.