A tragédia, que resultou ainda em quatro bombeiros feridos, um deles com gravidade, sublinha os perigos enfrentados pelos operacionais no cumprimento do seu dever.

O acidente ocorreu na tarde de domingo, na aldeia de São Francisco de Assis, concelho da Covilhã, quando a viatura operacional em que seguiam se despistou a caminho de um incêndio na localidade de Quinta do Campo, no Fundão. Esta morte, a segunda relacionada com os incêndios do verão, gerou uma onda de pesar e solidariedade.

O Ministério da Administração Interna, em nome do Governo, expressou "profundo pesar e consternação", enviando "sentidas condolências à família, aos amigos, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã e a todos os bombeiros".

O Presidente da República e o primeiro-ministro também manifestaram o seu pesar.

O bombeiro ferido com gravidade foi operado na Unidade de Saúde Local (ULS) de Coimbra e encontrava-se estabilizado. O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, falou na "exaustão dos bombeiros e na desmoralização" que a perda causou na corporação, decretando três dias de luto municipal.

A morte de Daniel Bernardo Agrelo evidencia os múltiplos riscos da profissão, onde os acidentes de viação figuram como uma das principais causas de mortalidade em serviço, sendo esta a 257.ª vítima mortal entre bombeiros nos últimos 45 anos.