A morte do bombeiro Daniel Agrelo, de 44 anos, num acidente de viação quando se dirigia para um incêndio no Fundão, gerou uma onda de comoção nacional e colocou em evidência os riscos inerentes à missão dos soldados da paz. O funeral, na Covilhã, contou com a presença de altas figuras do Estado, mas também com manifestações de descontentamento popular. Daniel Bernardo Agrelo, motorista da corporação dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, faleceu no domingo, 17 de agosto, quando o veículo em que seguia capotou na aldeia de São Francisco de Assis. A equipa dirigia-se para combater um incêndio na localidade de Quinta do Campo, no Fundão.
O acidente causou ainda quatro feridos entre os seus colegas, um deles em estado grave, que foi posteriormente estabilizado.
Daniel Agrelo, que deixou mulher e um filho de 14 anos, foi descrito pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que o conhecia pessoalmente, como "excecional como bombeiro e como funcionário ao serviço da comunidade e associação". A cerimónia fúnebre, realizada no quartel dos bombeiros da Covilhã, foi um momento de grande emoção, com a presença do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, e da Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral. No entanto, a presença do chefe do Governo foi recebida com alguma contestação por parte de populares, que expressaram a sua revolta pelo que consideram ser um fraco apoio aos bombeiros.
Esta morte em serviço, a segunda nos incêndios de 2025, reacendeu o debate sobre as condições de trabalho e os perigos que os bombeiros enfrentam.
Em resumoO falecimento do bombeiro Daniel Agrelo, de 44 anos, num acidente a caminho de um incêndio, foi um momento de luto nacional. A presença de altas figuras do Estado no seu funeral sublinhou a gravidade da perda, enquanto a contestação popular no local refletiu a tensão social em torno da gestão dos incêndios e do apoio aos operacionais.