Adolfo Santos, um operador de máquina de rasto de 65 anos, tornou-se a terceira vítima mortal dos incêndios que assolam Portugal em agosto, após ser fatalmente colhido pelo veículo que manobrava. O acidente ocorreu na noite de terça-feira, durante as operações de combate ao fogo entre Freixeda e Caravelas, no concelho de Mirandela. Adolfo Santos operava uma máquina de uma empresa privada, contratada pela autarquia para auxiliar na criação de faixas de contenção e corta-fogos. Segundo o presidente da Câmara de Mirandela, Vítor Correia, a vítima "estava a ajudar a criar uma zona de contra-fogo" quando o acidente aconteceu.
As circunstâncias exatas ainda estão a ser investigadas pela GNR, mas o comandante dos bombeiros de Mirandela, Luís Soares, indicou que o homem terá saído da máquina e sido posteriormente atropelado pela mesma.
A morte de Adolfo Santos gerou uma onda de consternação, com o Presidente da República e o Primeiro-Ministro a expressarem publicamente as suas condolências à família. A sua história pessoal, marcada por tragédias anteriores como a perda de um filho e da mãe, e mais recentemente de um familiar no incêndio do lar de Mirandela, foi destacada por um amigo de infância, Jorge Fraga, que o descreveu como "uma pessoa tranquila, muito calma, muito amiga e muito sociável".
Este trágico evento evidencia os elevados riscos a que estão expostos não apenas os bombeiros, mas todos os operacionais que trabalham na linha da frente do combate aos incêndios rurais.
Em resumoA morte de Adolfo Santos, de 65 anos, atropelado pela sua própria máquina de rasto durante o combate a um incêndio em Mirandela, destaca os perigos extremos enfrentados por todos os operacionais. O incidente, que constitui a terceira morte ligada aos fogos em agosto, está sob investigação da GNR.