A sua morte, a quarta vítima mortal dos incêndios deste ano, gerou uma onda de pesar nacional, com condolências expressas pelo Presidente da República e pela ANEPC.

A morte de Daniel Esteves tornou-se um símbolo trágico do perigo enfrentado pelos operacionais que combatem os incêndios rurais em Portugal. Ferido a 19 de agosto com queimaduras em 75% do corpo, o operacional da Afocelca (empresa de proteção florestal detida pelos grupos Altri e Navigator) lutou pela vida durante vários dias no Hospital de São João, no Porto, mas não resistiu ao "quadro clínico grave que apresentava", agravado por comorbidades prévias. A sua morte gerou reações ao mais alto nível do Estado, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a apresentar "sentidos pêsames à família".

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) também manifestou "profundo pesar", enaltecendo a forma como Daniel Esteves cumpriu a sua missão "com coragem, abnegação e elevado sentido de dever".

As empresas Afocelca e Altri juntaram-se às condolências, garantindo apoio à família.

Este falecimento eleva para quatro o número de vítimas mortais nos incêndios de 2025, um ano particularmente devastador que, até 23 de agosto, já tinha consumido cerca de 248 mil hectares, destruindo habitações, explorações agrícolas e vasta área florestal. A perda de mais um operacional no terreno reforça a perceção pública sobre os riscos extremos da profissão e a dimensão da catástrofe que o país atravessa.