A sua morte, ocorrida enquanto combatia as chamas, é um símbolo trágico do envolvimento da população civil na defesa do seu património contra o flagelo dos fogos.

Carlos Dâmaso, antigo presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão, no distrito da Guarda, perdeu a vida no mesmo incêndio que provocou ferimentos graves a um enfermeiro que tentava ajudar populares. A sua morte é um testemunho pungente da realidade vivida por muitos cidadãos nas zonas rurais, que se veem na linha da frente do combate às chamas para proteger as suas casas e terras.

O seu falecimento é enquadrado na lista de vítimas mortais dos incêndios de 2025, um verão particularmente trágico que ceifou a vida a operacionais e civis.

A notícia da sua morte foi recebida com grande pesar, sendo a sua perda descrita como "inesperada" e "imprevisível", deixando um rasto de dor entre familiares e conhecidos.

Juntamente com as mortes do bombeiro Daniel Agrelo e do sapador Daniel Esteves, o caso de Carlos Dâmaso ilustra o elevado custo humano dos incêndios florestais, que não distingue entre operacionais treinados e civis que, por desespero e coragem, enfrentam o fogo.