A sua morte, na véspera de completar 95 anos, foi lamentada por diversas figuras públicas, que destacaram o seu legado religioso, cultural e pastoral. A morte de D. Teodoro de Faria representa a perda de uma figura central na vida madeirense das últimas décadas. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou-o como uma “personalidade marcante no âmbito religioso, cultural e pastoral”, que se dedicou “de alma e coração aos madeirenses que ficam hoje mais pobres com a sua partida”. Este sentimento foi partilhado por inúmeras entidades regionais, desde o Governo Regional, presidido por Miguel Albuquerque, que expressou “gratidão para com os relevantes serviços” prestados, à Câmara Municipal do Funchal, que o descreveu como um “homem de vasto saber e cultura, marcado por uma entrega inabalável à Igreja”.

Durante os seus 26 anos à frente da Diocese do Funchal (1982-2007), D. Teodoro de Faria supervisionou um período de grandes transformações sociais e religiosas, tendo sido um dos principais impulsionadores da visita do Papa João Paulo II à Madeira em 1991.

O seu percurso académico, com estudos na Universidade Gregoriana em Roma, no Pontifício Instituto Bíblico e na École Biblique et Archeologique de Jerusalém, conferiu-lhe um reconhecimento internacional como especialista nos lugares bíblicos da Terra Santa.

Ireneu Cabral Barreto, Representante da República para a Madeira, valorizou a sua “obra extensa e valiosa sobre temas bíblicos”, um labor que manteve até ao fim da vida.

As cerimónias fúnebres foram organizadas para permitir uma ampla homenagem pública, com o corpo em câmara ardente na Sé do Funchal antes da missa de exéquias, presidida por D. Nuno Brás, e o funeral no jazigo da diocese.